Topônimos indígenas
Muito antes de o Brasil ser descoberto, em 1500, aqui viviam populações indígenas. Dividiam-se em dois grandes grupos, tupis-guaranis, e gês ou tapuias, que por sua vez se subdividiam em outros. Os tupis moravam mais próximo do litoral e receberam melhor os portugueses. Os tapuias, que viviam mais para o interior, eram bravios e antropófagos, ou seja, comiam carne humana.Padre Anchieta, que veio 50 anos depois do descobrimento para catequizar os índios, transcreveu uma parte importante da língua dos tupis num livro. Com base na informação de Anchieta, conhecemos um pouco sobre a formação das palavras na língua tupi. Aliás, a população brasileira falou tupi até o final do século 18. Ou seja, até por volta de 1800 havia muita gente se comunicando na língua dos tupis, que eram índios menos bravos que os tapuias.
Topônimos são palavras que indicam lugar: São Paulo, Franca, Rio de Janeiro, Restinga, Rifaina... Na página anterior, falamos que Itirapuã é nome indígena. Então, Itirapuã é um topônimo de origem indígena. Na formação das palavras os tupis empregavam muitas vezes mais de um elemento, como você viu com Itirapuã: Itira (morro) + puã (redondo)= morro redondo.
Estes pedacinhos de palavras chamam-se prefixos (quando vêm na frente), sufixos (atrás) ou radicais (no meio).
Alguns dos radicais mais comuns no tupi-guarani são: ita (pedra, morro, montanha), í ou i (água), para (rio), ibi (madeira), pira (peixe), guira (pássaro), úna (preto), pitanga (vermelho), tinga (branco), obi (azul), guaçu (grande), mirim (pequeno), atã (duro), catu (bom), panema (ruim), bira (empinado), sununga (barulhento), tiba (lugar cheio).
Link:http://gcn.net.br/noticias/94108/criancas/2010/04/T0PONIM0S-INDIGENAS-94108