sábado, 30 de abril de 2016

"Topônimos Tupis"


      Topônimos indígenas

Muito antes de o Brasil ser descoberto, em 1500, aqui viviam populações indígenas. Dividiam-se em dois grandes grupos, tupis-guaranis, e gês ou tapuias, que por sua vez se subdividiam em outros. Os tupis moravam mais próximo do litoral e receberam melhor os portugueses. Os tapuias, que viviam mais para o interior, eram bravios e antropófagos, ou seja, comiam carne humana.

Padre Anchieta, que veio 50 anos depois do descobrimento para catequizar os índios, transcreveu uma parte importante da língua dos tupis num livro. Com base na informação de Anchieta, conhecemos um pouco sobre a formação das palavras na língua tupi. Aliás, a população brasileira falou tupi até o final do século 18. Ou seja, até por volta de 1800 havia muita gente se comunicando na língua dos tupis, que eram índios menos bravos que os tapuias.


Topônimos são palavras que indicam lugar: São Paulo, Franca, Rio de Janeiro, Restinga, Rifaina... Na página anterior, falamos que Itirapuã é nome indígena. Então, Itirapuã é um topônimo de origem indígena. Na formação das palavras os tupis empregavam muitas vezes mais de um elemento, como você viu com Itirapuã: Itira (morro) + puã (redondo)= morro redondo.

Estes pedacinhos de palavras chamam-se prefixos (quando vêm na frente), sufixos (atrás) ou radicais (no meio).

Alguns dos radicais mais comuns no tupi-guarani são: ita (pedra, morro, montanha), í ou i (água), para (rio), ibi (madeira), pira (peixe), guira (pássaro), úna (preto), pitanga (vermelho), tinga (branco), obi (azul), guaçu (grande), mirim (pequeno), atã (duro), catu (bom), panema (ruim), bira (empinado), sununga (barulhento), tiba (lugar cheio).


 Link:http://gcn.net.br/noticias/94108/criancas/2010/04/T0PONIM0S-INDIGENAS-94108

quarta-feira, 27 de abril de 2016

"Árvores brasileiras"

Arvores Brasileiras



      Araticum do Mato:Espécie arbórea de porte médio com altura de 6-8 m e com tronco de 30-40 cm de diâmetro. A copa de forma globosa contem folhas simples, ovaladas e elípticas, com 11 cm de comprimento. Suas flores são isoladas e de coloração amarela, de até 3 cm de comprimento e, os frutos, globosos, carnosos e com saliencias.
     Ocorre naturalmente de Pernambuco ao Rio Grande do Sul, Minas Gerais, Goiás e Mato Grosso do Sul, em várias formações florestais.
      Madeira: É própria para confecção de canoas e pequenas embarcações, obras internas, forros, carpintaria, escultura e confecção de objetos de uso doméstico. Além disso, é apropriada para a produção de lenha e carvão.  


      Árvore da chuva:Nome científico Samanea saman (Leguminosae – Caesalpinioideae).
      Árvore com altura entre 15 e 25 m e tronco de 40-80 cm de diâmetro. Folhas compostas imparipinadas, com 15-29 folíolos opostos e glabros, de 4-7 cm de comprimento.
      Ocorre na floresta pluvial da encosta atlântica desde o sul da Bahia até São Paulo.
      Planta semidecídua característica da mata pluvial atlântica. É frequentemente encontrada em encostas e topos de morros onde a drenagem é rápida. Apesar de ser 
característica da floresta primária, pode ser encontrada em formações secundárias mais desenvolvidas. Produz anualmente grande quantidade de sementes viáveis.




    Bugreiro:Nome científico Lithraea molleoides (Anacardiaceae).
   Características: Espécie arbórea com altura de 6-12 m e tronco com 30-40 cm de diâmetro. Folhas compostas imparipinadas, com 3-7 folíolos de 5-8 cm de comprimento por 1,5-2,5 cm de largura.
     Minas Gerais, São Paulo e Mato Grosso do Sul até o Rio Grande do Sul, em várias formações vegetais.
      Madeira: Pesada, dura, compacta, pouco elástica, fácil de rachar, de longa durabilidade. é útil para a construção civil, marcenaria, obras de torno, esteios, lenha e carvão.
        Planta perenifólia, heliófita, pioneira, característica da floresta situada em regiões de altitude, tanto em terrenos secos quanto úmidos. Apresenta dispersão ampla porém irregular, ocorrendo principalmente nas formações secundárias. Sua produção de sementes no é abundante todos os anos. Floresce durante os meses de agosto-setembro. A maturação dos frutos verifica-se nos meses de novembro-janeiro, contudo permanecem na árvore por mais algum tempo.

 Link dais informações:http://www.ibflorestas.org.br/lista-de-especies-nativas.html
 Link da imagem da araticum do mato:http://www.fazfacil.com.br/jardim/araticum-do-mato-rollinia/
 Link da imagem da Árvore da chuva:https://www.flickr.com/photos/valeriavieira/9337574913
 Link da imagem do bugreiro:https://www.compremudas.com.br/produto/bugreiro-%252d-lithraea-molleoides.html
       
 Goiabeira: 
goiabeira é uma pequena árvore frutífera tropical, nativa de toda a América, exceto México, Canadá e da América do sulPequena árvore semidecídua de até 6 m de altura.Tronco tortuoso, de casca lisa descamante tanífera. Ramos novos quadrangulares e  pubescentes. Flores pequenas, brancas, solitárias, formadas na primavera.Folhas obovadas, cartáceas, discolores, com até 12 cm de comprimento. Para a produção de frutos é muito cultivada, em pomares domésticos ou comerciais, ocorre espontanemente em todo o Brasil.É considerada planta invasora nos EUA.Também é conhecida pelos nomes de araçá-guaçu, araçaíba, araçá-das-almas, araçá-mirim, araçauaçu, araçá-goiaba, goiaba, goiabeira-branca, goiabeira-vermelha, guaiaba, guaiava, guava, guiaba, mepera e pereira.


https://pt.wikipedia.org/wiki/Goiabeira
https://arvoresvivas.files.wordpress.com/2010/02/img_2912.jpg




   

quarta-feira, 13 de abril de 2016

"Pero Vaz de Caminha"

  A carta de Pêro Vaz de Caminha....




 A Carta de Pêro Vaz de Caminha
 é o documento no qual Pero Vaz de Caminha registrou as suas impressões sobre a terra que posteriormente viria a ser chamada de Brasil. É o primeiro documento escrito da história do Brasil.

Endereço da imagem http://portugues.uol.com.br/upload/conteudo/images/a-carta-pero-vaz-caminha-oficializou-primeiro-escrito-pos-descobrimento-503e11355447c.jpg

"Pindorama"

 "Todo mundo fala língua de índio Tupi Guarani" (Hélio Zizkind)






   Há 516 anos atrás, uma certidão de nascimento era escrita. O dono do documento era um rei. O escrivão, Pero Vaz de Caminha. Mas a certidão não era de um filho que acabara de nascer. Era a de uma terra e uma gente que ali já vivia há muito tempo! E essa gente falava uma língua tão diferente que não tem melhores nomes pra pipoca, mandioca ou abacaxi do que eles mesmos!
Pois é! Foi dos Tupi que os portugueses falaram. Os que estavam nas naus, falaram com situações e comportamentos. O que escreveu, relatou esses momentos. Mas de uma coisa ele teve certeza: era uma gente que precisava de salvação. Afinal, que gente era essa que andava tão inocentemente nua pelas terras que,de tão abundantes, tudo poderiam dar?
Essa gente que Pero Vaz de Caminha queria que fosse salva tinha organização social, política e religiosa, mas era considerada selvagem. Claro! Somente selvagens poderiam pensar em falar com curumins na mesma altura que eles!
Mas, na verdade, o que os portugueses tiveram foi uma baita sorte! Os indígenas do tronco Tupi habitavam o litoral brasileiro, mas quase todas as tribos dos vários troncos linguísticos eram antropófagas. Cabral, no entanto, teve contato pacífico. Não se sabe ao certo como, já que eram selvagens!
Hoje, no local, vivem os Pataxó. Porto Seguro vive do turismo. Muitos Pataxó também. Mas há uma reserva que se propõe a manter algumas tradições da cultura indígena. Peixe na patioba (hmmm), caça, pesca, hábito de dormir em redes no alto das ocas, de fabricar artesanato e de falar entre si na língua quase original são algumas tentativas dos Pataxó de manter viva a cultura indígena. Mas, claro, sem deixar de usufruir da modernidade da tecnologia, da possibilidade de estudar na língua do colonizador e de aproveitar dos confortos da vida moderna. Porque são indígenas, foram (e ainda são por muitos) considerados selvagens, mas não são burros!

Ana Beatriz Castro
Breno Leite
Davi dos Santos
Ricardo Porto Antonio 

Endereço da imagem https://farm4.staticflickr.com/3450/3386402290_8ea360de89_z.jpg?zz=1