Há 516 anos atrás, uma certidão de nascimento era escrita. O dono do documento era um rei. O escrivão, Pero Vaz de Caminha. Mas a certidão não era de um filho que acabara de nascer. Era a de uma terra e uma gente que ali já vivia há muito tempo! E essa gente falava uma língua tão diferente que não tem melhores nomes pra pipoca, mandioca ou abacaxi do que eles mesmos!
Pois é! Foi dos Tupi que os portugueses falaram. Os que estavam nas naus, falaram com situações e comportamentos. O que escreveu, relatou esses momentos. Mas de uma coisa ele teve certeza: era uma gente que precisava de salvação. Afinal, que gente era essa que andava tão inocentemente nua pelas terras que,de tão abundantes, tudo poderiam dar?
Essa gente que Pero Vaz de Caminha queria que fosse salva tinha organização social, política e religiosa, mas era considerada selvagem. Claro! Somente selvagens poderiam pensar em falar com curumins na mesma altura que eles!
Mas, na verdade, o que os portugueses tiveram foi uma baita sorte! Os indígenas do tronco Tupi habitavam o litoral brasileiro, mas quase todas as tribos dos vários troncos linguísticos eram antropófagas. Cabral, no entanto, teve contato pacífico. Não se sabe ao certo como, já que eram selvagens!
Hoje, no local, vivem os Pataxó. Porto Seguro vive do turismo. Muitos Pataxó também. Mas há uma reserva que se propõe a manter algumas tradições da cultura indígena. Peixe na patioba (hmmm), caça, pesca, hábito de dormir em redes no alto das ocas, de fabricar artesanato e de falar entre si na língua quase original são algumas tentativas dos Pataxó de manter viva a cultura indígena. Mas, claro, sem deixar de usufruir da modernidade da tecnologia, da possibilidade de estudar na língua do colonizador e de aproveitar dos confortos da vida moderna. Porque são indígenas, foram (e ainda são por muitos) considerados selvagens, mas não são burros!
Ana Beatriz Castro
Breno Leite
Davi dos Santos
Ricardo Porto Antonio
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